Joias: novos elementos no celular de Wassef podem atrasar inquérito
Previsão da Polícia Federal era que caso das joias fosse finalizado já em agosto
atualizado
Compartilhar notícia

Depois que a Polícia Federal (PF) conseguiu desbloquear os celulares do advogado Frederick Wassef, fontes na Procuradoria-Geral da República (PGR) avaliam que a conclusão do inquérito e o recebimento das denúncias sobre o caso das joias podem ser atrasados. Os novos elementos encontrados nos aparelhos devem levar ao indiciamento do “faz tudo” de Jair Bolsonaro (PL) no caso.
A expectativa inicial na PGR era concluir o caso das joias até meados de agosto. No entanto, promotores agora evitam estabelecer uma nova data, embora ainda considerem possível finalizar o inquérito dentro do prazo estipulado.
Wassef itiu à PF sua participação na negociação da venda e recompra de um relógio Rolex presenteado pelo governo saudita a Bolsonaro nos Estados Unidos, em 2022. Segundo o depoimento do advogado, a recompra foi realizada por cerca de US$ 49 mil, em dinheiro.
“Eu comprei o relógio. A decisão foi minha. Usei meus recursos. Eu tenho a origem lícita e legal dos meus recursos. Eu tenho conta aberta nos Estados Unidos, num banco em Miami, e usei o meu dinheiro para pagar o relógio. O meu objetivo quando eu comprei esse relógio era exatamente devolvê-lo à União, ao governo federal do Brasil, à Presidência da República, isso inclusive por decisão do Tribunal de Contas da União” — Frederick Wassef, em agosto de 2023.
Além de Wassef, também devem ser indiciados o ex-presidente Jair Bolsonaro, o ex-ajudante de ordens Mauro Cid, o general Mauro Lourena Cid, o ex-assessor Marcelo Câmara e Fábio Wajngarten, advogado de Bolsonaro.