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Grupos de extrema-direita perderam o medo em Portugal (Por Sérgio Nascimento)

Para associação, a mais antiga de Lisboa no trato com imigrantes, a legislação portuguesa está defasada no combate ao discurso de ódio

atualizado

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Alexander Spatari/Getty Images
Foto colorida da bandeira de Portugal e há construções em volta do mastro
1 de 1 Foto colorida da bandeira de Portugal e há construções em volta do mastro - Foto: Alexander Spatari/Getty Images

Os integrantes de grupos de extrema-direita, que se dedicam a propagar o ódio contra imigrantes em Portugal, perderam o medo de mostrar a face e, hoje, disseminam conteúdos xenófobos e racistas com muito mais naturalidade do que há alguns anos. O discurso, que tem o objetivo de atribuir a estrangeiros a culpa pelo aumento da criminalidade vem crescendo, enquanto a legislação se mostra lenta para coibir esse tipo de conduta. Essas foram algumas das conclusões apresentadas nesta quinta-feira (29/05) pela presidente da Casa Brasil de Lisboa (CBL), a cientista política Ana Paula Costa, com base no relatório Monitoramento do Discurso de Ódio, Racismo e Xenofobia em Portugal.

O levantamento sobre esses temas foi feito entre janeiro e dezembro de 2024 em quatro jornais portugueses — PÚBLICO, Expresso, Diário de Notícias e Observador. Nesses 12 meses, os assuntos foram noticiados 73 vezes, sendo 19 tratando de racismo e xenofobia. Maio foi o mês com maior incidência: 18 notícias, em razão de uma sequência de agressões físicas contra imigrantes na freguesia do Bonfim, no Porto. Janeiro e setembro empataram com oito registros cada.

“Em resposta a ataques, mais de 100 pessoas participaram numa manifestação contra o racismo e a xenofobia em frente à Junta de Freguesia do Bonfim, no Porto, na noite de 4 de maio. Organizada pelo SOS Racismo e outras associações de defesa dos imigrantes, a manifestação visou defender os direitos dos imigrantes e condenar os atos de violência ocorridos”, informa o relatório.

Segundo Ana Paula, a divulgação do relatório é uma das estratégias da Casa do Brasil para sensibilizar a sociedade, fomentar o debate e pressionar as autoridades no sentido de que ponham em prática políticas mais enérgicas para combater a xenofobia, o racismo e a disseminação de ódio.

Além dos jornais, houve coleta de dados em três grupos da rede social Telegram que propagam o discurso de ódio: Invictus Portucale, com 22.125 membros; O Bom Europeu, com 2.759 seguidores; e Afonso Gonçalves — Movimento Reconquista, com 1.829 integrantes. A pesquisa constatou que os três canais publicam diariamente — da manhã até a noite — conteúdo anti-imigração.

O padrão usado é o mesmo: ridicularizar os imigrantes por meio de memes racistas e de mau gosto. Também incentivam ações contra a democracia e os imigrantes, colocando-os como inimigos e pedindo que sejam expulsos de Portugal. Estimulam ainda que a xenofobia deixe o mundo digital e ganhe as ruas.

“O que mais me chocou foi a forma como falam de neonazismo sem constrangimento, fazem comentários racistas, anti-semitas e contra comunidades, como a dos asiáticos. Já os brasileiros, eles associam ao aumento da criminalidade”, diz Ana Paula Costa. Para ele, infelizmente, a mobilização dos grupos de extrema-direita ganhou força.

“A incidência e reincidência do que propagam são cada vez maiores. A xenofobia e o racismo sempre existiram em Portugal, mas, hoje, com a extrema-direita em expansão, as pessoas não têm mais medo de mostrar a cara”, acrescenta. O partido político que representa esse extremismo, o Chega, tornou-se a segunda força da Assembleia da República, contraditoriamente, com muitos votos de imigrantes, sobretudo, brasileiros.

Portugal abriga cerca de 1,6 milhão de imigrantes, o que equivale a quase 15% da população total, de acordo com a Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA). Os brasileiros que aqui vivem, são cerca de 550 mil.

 

(Transcrito do PÚBLICO-Brasil)

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