body { font-family: 'Merriweather', serif; } @font-face { font-family: 'Merriweather-Regular'; src: local('Merriweather-Regular'), url('https://files.metroimg.com/fonts/v2/merriweather/merriweather-regular.woff2') format('woff2'), url('https://files.metroimg.com/fonts/v2/merriweather/merriweather-regular.woff') format('woff'); font-display: swap; } @font-face { font-family: 'Merriweather-Bold'; src: local('Merriweather-Bold'), url('https://files.metroimg.com/fonts/v2/merriweather/merriweather-bold.woff2') format('woff2'), url('https://files.metroimg.com/fonts/v2/merriweather/merriweather-bold.woff') format('woff'); font-display: swap; } @font-face { font-family: 'Merriweather-Heavy'; src: local('Merriweather-Heavy'), url('https://files.metroimg.com/fonts/v2/merriweather/merriweather-heavy.woff2') format('woff2'), url('https://files.metroimg.com/fonts/v2/merriweather/merriweather-heavy.woff') format('woff'); font-display: swap; } @font-face { font-family: 'Merriweather-Italic'; src: local('Merriweather-Italic'), url('https://files.metroimg.com/fonts/v2/merriweather/merriweather-italic.woff2') format('woff2'), url('https://files.metroimg.com/fonts/v2/merriweather/merriweather-italic.woff') format('woff'); font-display: swap; }
metropoles.com

Eleições democráticas – Chegou 2026! (por Roberto Caminha Filho)

Roberto Campos, o Bob Fields, pregava: a expectativa de muito dinheiro e seus gastos, desperta o Dragão da Inflação com muita antecedência

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
BRENO ESAKI/METRÓPOLES
eleições-santo-descoberto7
1 de 1 eleições-santo-descoberto7 - Foto: BRENO ESAKI/METRÓPOLES

Preparem os seus corações pras coisas que eu vou contar, eu venho lá do sertão… e os bolsos, de brasileiros e brasileiras, sequinhos, que nem o Orós!         2026 está chegando com todo o seu brilho de ano eleitoral. A cada esquina, uma promessa, em cada balcão uma esmola e um joguinho pra te fazer feliz e milionário. A cada outdoor, um sorriso Colgate. E de Brasília? Ah, de lá vem uma avalanche. Não de neve — que disso o cerrado não sabe — mas de recursos, bondades, abraços, sorrisos e…precatórios! Sim, eles mesmos, aqueles R$ 115 bilhões que estavam dormindo em berço esplêndido, naquela gaveta de aço, misteriosamente, acordaram!

A eleição é o maior festival da democracia — uma mistura de carnaval com São João, mas com santinhos, ou capetinhas, no lugar de confetes e jingles que grudam mais que chiclete no sapato. E não importa se você tem 16 anos e está votando pela primeira vez ou 70 e já viu de tudo: o espetáculo se repete com novos figurantes, mas o mesmo roteiro encantador.

De repente, os cofres públicos se tornam generosos. Ruas que estavam esburacadas há anos são artisticamente asfaltadas pela madrugada. Postos de saúde ganham tinta nova e até poltronas de couro e ar-condicionado. E claro, começam as inaugurações de encapirotados viadutos, escolas, pontes, praças, creches, até se precisar, um “mini Cristo Redentor” de 20 metros, feito por um artista da comunidade.

E os precatórios? Ora, que maravilha! Um verdadeiro milagre da multiplicação das nossas minguantes poupanças. São R$ 115 bilhões prometidos como quem abre um baú do tesouro ou encontra a palavra chave para os brincos e coroas mais valiosos do “Abre-te Sésamo”. O Ali Babá, lindo e louro, imediatamente, se vê cercado de quarenta Fadas Madrinhas, todas de rosa-choque, distribuindo casas, sandubas de queijo suíço, copos de milk shake e um ticket para a volta ao lar…de Uber. Se assinalaram com R$115 bilhões, é porque virão muitos mais. É tanto dinheiro anunciado parecendo que Brasília virou um episódio do Pato Donald com o Tio Patinhas, domando as renas, jogando moedas pra cima, dando cambalhotas e rindo com “Ho ho ho”.

Mas será que esse dinheiro todo vai mesmo cair na conta? Ou será só promessa de campanha com glitter e purpurina por cima? A dúvida paira, mas a esperança é o combustível da democracia — e, aqui pra nós, esperança é algo que o brasileiro não deixa acabar. Está no nosso DNA.

Você lembra do 8 de janeiro? Aquele dia em que o país quase virou episódio extra de uma Pompéia, destruída pelo Vesúvio, modernamente chamada  de “Brasília em Chamas”? Pois é! Agora ele está sendo relembrado como um marco da reconciliação nacional. A classe política, que até então parecia viver em mundos paralelos, resolveu se abraçar (ao menos em público) e lançar o movimento da anistia ampla, geral e, claro, irrestritamente democrática.

Tudo em nome da “Pacificação da Nação Brasileira”. O que isso quer dizer exatamente? Todos os políticos, que já sentiram que o povo não votará em quem não anistiar aqueles Cristos do 8 de janeiro, estão adotando as sábias palavras do genial tributarista brasileiro, Dr. Ives Gandra da Silva Martins, um lúcido. A reeleição, em silêncio, ficará muito difícil, para quem não orar pela Bíblia da anistia para os novos Filhos.

De repente, o país volta a vestir suas cores com orgulho. Camisas da terrível seleção reaparecem e livres do fedor político. Faixas patrióticas enfeitam palanques, e nos comerciais, até a pomba da paz, de Picasso, aparece voando ao redor dos candidatos, como um emoji da esperança.

Para o jovem de 16 e o colega de 70:

Se você tem 16 anos, e já está com a sua “Carta de Alforria” nas mãos, talvez ainda esteja se perguntando: “Mas como eu vou saber em quem votar?”. A resposta é simples: pergunte, pesquise, duvide, compare, observe. Não caia só no brilho da propaganda. Lembre-se de que prometer é fácil, é no cumprir que está a nossa perdição.

E se você tem 70 aninhos, já viu esse filme muitas vezes. Talvez esteja pensando: “Ah, isso daí eu já vi, não acredito e já sei como termina”. Mas a democracia é teimosa.

Meu pai já dizia e repetia: vamos imitar o voleibol feminino do Brasil. Nós éramos fregueses das peruanas. Treinamos exaustivamente e conseguimos vencê-las. O voto é o treinamento que a democracia nos exige. É votar muito para aprender. O treinamento continuou e vencemos as fenomenais cubanas e ganhamos de americanas, japonesas e marcianas. Temos todos os troféus que o voleibol ofereceu. A Democracia está bem ali. Ao nosso alcance. É só treinar com seriedade, como as meninas do voleibol e os Pelés de 1970.

Roberto Campos, o nosso Bob Fields, pregava: a expectativa de muito dinheiro, e seus gastos, desperta o Dragão da Inflação com muita antecedência.

E que a Pomba de Picasso voe leve e soberana, mas de olhos bem abertos!

 

Roberto Caminha Filho, economista, torce pelos anistiados, na camisa do Flamengo.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os os a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comBlog do Noblat

Você quer ficar por dentro da coluna Blog do Noblat e receber notificações em tempo real?